[pausa de domingo] perspectivas de mudança

mudar

Olá a todos! Sejam bem-vindos a mais uma Pausa de Domingo.

Neste Domingo, contemplo alguma ideias sobre aceitar alguns eventos menos felizes da semana que passou.

Se leram a Newsletter semanal (que recebem ao subscrever o blog por e-mail), sabem que tivemos um pequeno-ou-médio acidente com as águas da chuva, aqui em casa. Mas, não é apenas sobre o que nos acontece de forma inesperada que vos falo, é também sobre aquilo que desejamos que aconteça, e dos esforços que fazemos para isso acontecer.

Tudo é uma questão de perspectiva. Não são as coisas que nos acontecem que determinam a forma como as vemos, mas é a forma como as vemos que determina o que nos acontece. Como diz aquela célebre frase…

change the way you look at things

Quando olhamos para as coisas de forma diferente, o que vemos torna-se diferente.

O que isto significa para mim é: a minha forma de ver os assuntos determina o peso que eles têm na minha vida.

E, assim, aquilo que para outrem pode parecer um furacão, para mim é apenas uma brisa, e aquilo que é para outrem um ventito chato, para mim pode parecer um tornado.

É difícil mudar esta nossa forma muito própria de ver as coisas. Assim como, é difícil mudar o que quer que seja em nós próprios.

Mudança deliberada exige esforço, dedicação, compromisso, reforço constante dos motivos que nos levaram a desejar a mudança, em primeiro lugar.

Tive vários exemplos disto ao longo da minha vida.

Mudar o que quer que fosse na minha realidade, implicava mudar primeiro a forma como eu compreendia o assunto. Primeiro, o cognitivo tinha de aceitar a necessidade de mudar, começava a compilar as razões porque determinada alteração era necessária e, só depois de estar bem esclarecida e determinada, dava o salto.

Este é um dos motivos pelos quais as mudanças em mim requerem tanto tempo. Levo muito tempo a deliberar, mas após decidido, mudar tem de ser imediato.

O meu último caso deste género foi deixar de beber café.

Passei, pelo menos, um mês a diminuir a dose diária de cafeína de forma quase residual. Após pesar prós e contras durante, pelo menos, uns três meses, levei um mês a contemplar se a mudança que desejo precisava, de facto, de acontecer e de que forma. Passei um mês a padecer de dores de cabeça intermitentes pelo que, suponho agora, ter sido efeitos da privação de cafeína.

No dia em que deixei de ingerir café tive uns episódios de dor de cabeça, as habituais do último mês. Foram mais três dias de dores de cabeça, já habituais, e com alguma confusão instalada. E, depois, passou.

Acredito que, se tivesse deixado de uma vez, passado do 100 ao 0 de um dia para o outro, as dores de cabeça dos três ou quatro dias de desmame, iriam abalar a minha determinação em deixar o café de vez.

Mas, outras circunstâncias há em que é mais difícil fazer uma mudança desta maneira: Contemplação. Motivação. Acção.

Quando a mudança exige uma real alteração na forma como vemos o mundo, quando mudar significa abandonar algo que fomos educados, ou em que acreditamos piamente, e que continuamos a fazer, e que é parte da nossa forma de ser, até podemos dizer da nossa personalidade, é muito mais difícil corrigir aquilo que não nos agrada em nós próprios.

Bom, por vezes, é até mais difícil ver com clareza o que desejamos corrigir.

Quando assim é, mudamos de uma forma que considero mais involuntária ou menos consciente. Por vezes, bastam as palavras de alguém que nos é próximo para desarmar parte importante daquela visão que temos sobre um assunto.

Noutras vezes, o incómodo profundo que as nossas acções nos trazem, permitem-nos o olhar reflectivo sobre o tema, e a subsequente identificação da necessidade de mudar.

Outras vezes ainda, é acreditarmos que, é a forma como vemos as coisas que determinam os seus acontecimentos, e pintarmos todo um outro quadro de realidade (como por exemplo, não perseguir um assunto que sabemos que terminará sempre da mesma maneira).

Numa época em que os excessos nos trazem tantos sentimentos, e acções, desmesuradas e por isso perigosas, é preciso contemplar aquilo que não desejamos viver e mudar de formas para que tal não aconteça. Mudar para o positivo.

Sim, há muitas na pessoas na rua, há um nível de stress excessivo em todo o lado (não sei se repararam?! no trânsito, nas lojas, nos contactos do dia-a-dia…). Há muitas situações difíceis e indesejadas a acontecer (inflacção, cheias, doenças…). Há muitas necessidades, reais ou nem por isso, e pouco comedimento nas formas por se procuram saciá-las.

Há demasiadas mudanças, e escassa preparação pessoal para tudo o que mudou, e para tudo o que nunca vai parar de mudar (para o processo de mudança em si).

Assim, neste Domingo de Pausa, vamos tirar uns minutos para contemplar o que precisa mudar.

E, não vos falo de mudanças de final do ano, apesar destas poderem constar desta lista. Falo de agarrar no nosso caderninho de apontamentos (diário, agenda, journal, notas no telemóvel… o que quer que seja que tenham `a mão) e colocar aquelas coisas todas em que temos pensado em mudar, que desejamos mudar. Apenas isso. Colocá-las no papel.

[Tudo o que não constar da lista, mesmo que pensemos nisso, são coisas que ainda não estaremos preparados para mudar.]

Depois, é deixar a nossa mente construir as soluções que nos ajudem a mudar.

Por vezes, só precisamos de um pedacito de clareza para aceitar o que desejamos mesmo mudar.

Desejo-vos uma excelente pausa de domingo e muita força para os vossos processos de mudança.

Obrigada e Até Breve!

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