Olá! Sejam bem-vindos de volta ao Baú das Curiosidades.
Este é um artigo sobre uma curiosidade que muito me tem cativado ao longo dos tempos. Falo de conhecer as Rotinas/Hábitos Diários de outros Criativos.
Há muito material à solta por aí, desde biografias, vídeos, desafios criativos, documentários entre outros, que incidem sobre este desvendar do mistério, variados mistérios, que circundam a vida e obra destas pessoas.
Conhecer os hábitos e práticas diárias daqueles por quem nutrimos admiração artística tem algo de bisbilhoteiro e, em simultâneo, muito tem de ensino.
Procurar compreender como aqueles que produziram obras que estimamos viviam – ou vivem – os seus dias, como encaixavam o tempo de trabalho necessário, e como alimentavam a sua criatividade, é um exercício inspirador.
Ou, pode ser inspirador, se o utilizarmos para compreender como nós próprios funcionamos quando trabalhamos nos nossos projectos criativos.
No livro “Daily Rituals: How Artist’s Work” de Mason Currey diz-nos, na Introdução, que procurar conhecer os hábitos de outros escritores/criadores pode ajudar-nos a responder a perguntas com as quais ele se debate na própria vida, como:
- Como fazer trabalho criativo significante ao mesmo tempo que se procura ganhar a vida?
- É melhor dedicar-se inteiramente a um projecto ou estipular uma parte de cada dia à actividade?
- E, quando não parece haver tempo suficiente para tudo o que queremos alcançar, devemos desistir de algo? (Sono, dinheiro, uma casa limpa…) Ou aprender a condensar actividades, para fazermos mais em menos tempo, trabalhando de forma mais inteligente ao invés de mais esforçada?
- O conforto e a criatividade são incompatíveis? Ou o inverso? Encontrar um nível básico de conforto diário é um pré-requisito para um trabalho criativo sustentado?
Nunca sabemos se vamos encontrar as respostas às nossas perguntas, estas e outras que tenhamos, na experiência alheia. O que sabemos é que precisamos encontrar algum tipo de resposta que funcione connosco. Ou descartar todas aquelas respostas que não funcionam para nós.
Os nossos Hábitos influenciam o nosso Trabalho Criativo. Assim como, aquilo em que acreditamos o influencia de formas bem vincadas.
Mas, como só podemos fazer aquilo que conhecemos, ir em busca de mais conhecimento neste domínio parece-me uma boa ideia para procurarmos algumas das respostas às nossas perguntas.
As nossas Rotinas , por mais mecânicas que pareçam, são a chave para alcançarmos um produto criativo melhor. A rotina implica um hábito tão fixo que não envolve pensamento, sequer. Mas uma Rotina é feita de escolhas. Várias, distintas, ao longo de cada dia.
Temos o dever de procurar a melhor rotina, aquela que nos serve e ao nosso trabalho criativo.
No livro “The 5AM Club” de Robin Sharma, cruzei-me com uma perspectiva bem determinada do que uma rotina matinal pode fazer pela nossa vida.
Apesar do livro ser escrito de uma forma que procurou juntar uma história ficcional (as personagens são estereótipos esquisitos) num livro não-ficção, o que lhe deu algumas situações parvas (na falta de uma palavra mais adequada), a mensagem de que são os nossos hábitos, as nossas rotinas, o nosso empenho na vivência diária, que nos ajuda a atingir os objectivos é o importante aqui.
Conhecer estas realidades que se propõem ser de pessoas de elevado rendimento pessoal, e de quem se fala de uma forma de que serão publicamente conhecidas, é importante para concebermos a nossa própria fórmula de crescimento pessoal e de entrega ao trabalho criativo.
Online, cruzei-me com o artigo “The Daily Routines of Famous Creative People” de Chloe Rain no website Explore Deeply, que parte da premissa do livro de Mason Currey, que me levou ao site podio.com, onde descobri uma hiperligação para um quadro com “As Rotinas Diárias de Pessoas Criativas Famosas”.
Sob a máxima “Grandes mentes não pensam da mesma maneira” espreitem o gráfico com toda a informação sobre autores e as suas rotinas. Aqui consta informação, visualmente organizada, que nos permite chegar a algumas conclusões rápidas.
Fazer aquele exercício de contabilizar o que estamos a fazer, durante um certo número de dias, incluindo tudo o que fazemos, ajuda-nos a perceber onde colocamos o nosso foco e como usamos o nosso tempo.
Conhecer as rotinas dos outros criativos ajudam-nos a identificar hábitos úteis, assim como aqueles onde não nos apanhavam nem mortos! Saber o que não fazer é tão ou mais importante.
Acrescento, ainda, que conhecer as rotinas dos nossos contemporâneos nos traz uma medida de realidade que pode ser reproduzida na formação dos nossos hábitos.
Obrigada e Até Breve!
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Referências:
