Arte é fazer aquilo em que não somos bons

praticar

Olá a todos. Sejam bem-vindos a esta [pausa de Domingo].

Ontem estive a pintar com aguarelas (Imagens aparecem em baixo, considerem-se avisados). Sou sincera, já não me recordo da última vez em que isto aconteceu. Fazer esboços, sim. Usar lápis de cor, sim. Colorir colagens, sim. Mas, aguarelas, há muito que não lhes tocava.

Acho que me inspirei. E, gosto muito de Aguarela. Sinto que todos os erros que cometo, porque a minha técnica de pintura é Nenhuma, são atenuadas pelo facto de poder mostrar o objecto/sujeito sem qualquer detalhe em particular. Pelo menos, sem grande realismo associado aos detalhes.

Porque, sei que sempre penso que, não sabendo pintar de forma realista significa que não sei pintar e [ponto final] no assunto.

Mas, de certa forma, a aguarela liberta-me disto.

Um hora? Foi esse o tempo que passei a pintar 2 cenas em A5? Foi algo assim. E, o que isto me trouxe?  Um momento de descontração, no final de um dia muito intenso.

A minha miúda pintou 3 aguarelas. E, foi mais um momento que me sinto abençoada por partilhar com ela.

Num dia de caos, em que houve uma série de coisas a acontecer (como avarias, deslocações, despesas, estudos e minutos contados para tudo) sob as quais não tenho qualquer controlo, foi maravilhoso poder parar por uns momentos e deixar-me perder nas aguarelas.

Mas, ir parar às aguarelas, não foi por acaso.

De manhã, num momento de espera, tinha tirado uma fotografia (referências, referências). E, enquanto estava a rever as fotos (mantenho um registo fotográfico dos Importantes do dia) houve uma que me inspirou a desenhar.

Esta aqui:

Belém fotografia

E, como tinha escrito a newsletter do blog [que recebem, todos os sábados, se subscreverem este blog por email] enquanto via os vídeos de Titus Meeuws (escrevi sobre eles aqui…) estava, particularmente, inspirada por paisagens citadinas.

Só para vos deixar uma ideia do estilo deste artista…

Titus Meeuws

E, não de menor importância, passámos parte da nossa tarde na visita ao Maat, onde vimos uma pintura de ‘Torre de Babel’ — Escola Flamenga, séc. XVII — por entre a colecção surrealista de Mário Cesariny…

Torre de Babel no Maat

À noite, estava cheia de energia criativa, e desejo de me sentar a pintar.

Penso, muitas vezes, que gosto muito de desenhar, pintar, criar em mixed media. E, logo a seguir, penso que não consigo aplicar os escassos recursos que possuo, a algo que já não tenho tempo para aprender a fazer de forma decente. Por isso, não vale a pena colocar a minha energia nisto.

E, no entanto, de vez em quanto, dou comigo a criar nestes formatos… só porque me sinto inclinada a fazê-lo.

E, só para não dizerem que não viram o produto final, aqui fica o resultado:

edifício em Belém

Noto ali um espaço em branco que foi, claramente, um erro… entre outras coisas, que estão, ridiculamente, más 🤣🤣🤣 e o papel está deformou-se com a água… está ainda mais torto, só porque sim.

Porquê? Porque me sinto inclinada a criar em formatos nos quais não me sinto, particularmente, dotada?

Suponho que seja a imprevisibilidade da inspiração a falar e impelir-me a agir.

E, é só isso que tem de ser.

O objectivo não é qualidade, é praticar. É expor-me a meios diferentes e aprender. É apreciar o que existe e sentir-me satisfeita por poder fazer parte deste mundo tão cheio de artes e beleza. E, agora escrevo sobre isto. Artes.

E, por aí? O que vêem de belo? O que vos impele a criar? Afastam-se das Artes em que não se sente à vontade? Qual o propósito das vossas artes?

Já sabem, deixem a vossa resposta em baixo.

Desejo-vos uma excelente [pausa de domingo]

Obrigada e Até Breve!

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2 comentários em “Arte é fazer aquilo em que não somos bons”

  1. Prezados Senhores,

    Por favor, poderiam me informar se existe agora ou futuramente a possibilidade de ser realizada uma entrevista online sobre um livro de ficção científica que foi publicado muito recentemente e também se existe agora ou futuramente a possibilidade de ser o mesmo divulgado no Vosso blog ?

    Fico no aguardo de um Vosso retorno a respeito de tudo isso,

    Cordialmente,

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