Olá! Sê bem-vindo a esta [pausa de domingo].
Hoje, escrevo sobre as tabs que possuo abertas e a necessidade de as fechar.
Ora, conheces aquele meme que diz:
My mind is like my web browser. 19 tabs are open, 3 are frozen and I have no idea where the music is coming from. — autor desconhecido
Ouvi que, uma pessoa tem cerca de 70 000 pensamentos durante um qualquer dia (Alain De Botton)… são muitas tabs abertas.
Mas, juntando os dois argumentos, não é motivo para eu ter (um momento, vou contá-las…) 34 tabs abertas, separadas em 6 browsers, mais 7 aplicações a mostrar informação. Espero que isto não seja proporcional, na questão dos 70 000.
19 = 70 000
34 = x
Uma regra de três simples que me assustaria, de facto… E, diz que já existem calculadores online para esta regra. Porque a calculadora normal não serve?!
Mas, regressando ao tema…
O computador precisa ser encerrado para por em funcionamento os updates necessários. O que significa que, tenho de apontar, num documento qualquer, as páginas de livros a meio, vídeos que estou a ver/rever, artigos que fiquei a ler.
Isto costuma significar que, quando retorno ao que estava a fazer, uso isto — o fechar e reabrir janelas — para não regressar a algumas das actividades que tenho a meio.
Por vezes, constato que já retirei o que desejava de um artigo mas, por inexplicável incapacidade, não consigo encerrar a janela em tempo útil.
Outras vezes, a janela estava aberta porque não comecei o que desejava começar, como ler um livro, por exemplo, e não quero fechar para não me esquecer… porque, se a janela estiver aberta, por vezes, salto aquele passo inicial da confusão de não saber o que começar, porque já tinha feito a escolha.
Mas, muitas vezes, são ideias que ficam em estase. Algo que sei que posso utilizar, que quero investigar melhor, sobre a qual estou curiosa, ou qualquer outra situação que exige uma acção futura.
Mas, não muito futura seria o ideal.
Odeio sentir que, ao fechar uma janela, perco alguma coisa. Porque sou firme defensora da ideia: sempre retiramos algo de útil, quando estamos abertos às possibilidades.
Fernando Pessoa disse-o melhor: Tudo vale a pena quando a alma não é pequena.”
E, eu, sempre desejei ter uma alma grande, gigante, cheia… (do tamanho do meu ego? — *insiro sarcasmo aqui)
Não para servir os outros, — porque faço demasiado disto no dia-a-dia, — mas para me preencher a mim, e a minha necessidade de ir saber, mais qualquer coisa, sobre os temas que me interessam.
Porque, acreditar que retiro ideias, fontes, beleza, emoção, conhecimento… o que quer que seja, que retire dessas janelas que não consigo fechar de forma displicente, é uma forma de manter parte desta incessante necessidade de procurar inspiração e respostas.
E, é uma forma de alimentar a criatividade.
Por isso, nesta [pausa de domingo], sugiro: abram umas tabs virtuais e umas janelas físicas, ou metafísicas, leiam uns artigos, pesquisem umas frases que leram algures, encontrem uma revista da especialidade, vejam um vídeo sobre um qualquer tema especial… alimentem a criatividade com as tabs que têm abertas, e com aquelas que vão abrir.
Fechem as redes sociais e vão viver emoções construtivas.
… que eu vou ver se ganho coragem para “fechar” as tabs que tenho abertas.
Desejo-vos um excelente Domingo.