John Le Carré: De génio e de louco…

John Le Carré é escritor, é britânico, é mundialmente conhecido e rejeitou a nomeação para o Man Booker International. Mas hei! Prémios? Concursos? Essa coisa em que somos nomeados, onde o nosso trabalho é escrutinado, criticado ou agraciado, e no fim podemos sentir-nos os maiores (ou os piores) do mundo? Isso é que não!

O senhor lá terá os seus motivos, e até consigo conceber alguns bem válidos e, se supus correctamente, alguns serão extremamente louváveis. E aqui sou eu a torcer pela bondade na natureza humana. read more

Movie Night: O Senhor dos Anéis

Qualquer pessoa que ande por esta terra já viu, leu, ouviu ou tem uma vaga ideia do que é a trilogia de “O Senhor dos Anéis”. Uma história tão complexa como vívida, tão rica em imaginação como extensa. Esta é a obra de arte de J.R.R. Tolkien, um filologista (estudioso da linguagem usando uma combinação de estudos literários, história e linguística) e professor na Universidade de Oxford. Tolkien criou um mundo novo usando mitologia, criando uma história épica, uma linguística nova, geologia e geografia ao sabor da imaginação.

A saga foi escrita durante a Primeira Guerra Mundial, e inspirou as gerações vindouras de apaixonados pelo género fantástico. Os livros são inspiradores e os filmes obras-primas do engenho humano. O Bem e o Mal, o crescimento pessoal, esquecer as diferenças quando se tem objectivos comuns, a tentação, a auto-estima e a valorização pessoal e a preservação de um modo de vida, são os temas subjacentes desta obra, alegoria perfeita aplicável através dos tempos. read more

Isócrates – Elogio (ou o Poder) da Palavra

“É preciso, portanto, seguir acerca da palavra a mesma opinião que sobre as outras ocupações, não ajuizando diferentemente de coisas semelhantes, e não mostrar hostilidade contra a faculdade, que entre as outras próprias do homem, lhe alcançou os maiores bens. Na verdade (…) nenhuma das nossas outras características nos distingue dos animais. Somos mesmo inferiores aos animais quanto à rapidez, à força e a outras facilidades de acção. Mas, porque fomos dotados com o poder de nos convencermos mutuamente e de mostrar com clareza a nós próprios o objecto das nossas decisões, não só nos libertámos da vida selvagem, mas reunimo-nos para construir cidades, fixámos leis, inventámos as artes. Foi a palavra que fixou os limites legais entre a justiça e a injustiça, entre o bem e o mal; se tal distinção não houvesse sido feita, seríamos incapazes de coabitar. É com a palavra que confundimos as pessoas desonestas e elogiamos as pessoas de bem. É graças à palavra que formamos os espíritos incultos e pomos à prova as inteligências; na verdade, consideramos a palavra exacta a testemunha mais segura do raciocínio justo. Uma palavra verdadeira, conforme com a lei e com a justiça, é a imagem de uma alma sã e leal. É com a ajuda da palavra que discutimos os assuntos contestados e prosseguimos a nossa investigação nos domínios desconhecidos. Os argumentos com os quais convencemos os outros, ao falar, são os mesmos que utilizamos quando reflectimos. Chamamos oradores àqueles que são capazes de falar às multidões e consideramos gente de bom conselho aquela que pode, sobre os negócios, discutir consigo própria da forma mais judiciosa. Em resumo, para caracterizar o poder da palavra, observemos que coisa alguma feita com inteligência pode existir sem o seu concurso: a palavra é guia de todas as acções, assim como de todos os nossos pensamentos. Quanto mais inteligente se é, tanto mais nos servimos da palavra.” Fragmento de Isócrates

As palavras têm um poder assombroso. Escritas ou enunciadas elas caracterizam realidades, definem propósitos e transformam-nos com os seus sentidos. As Palavras são Poder. Um político, um professor, um escritor, um jornalista, todos nós usamos as Palavras para os melhores e os piores propósitos, com objectivos abjectos ou objectos das nossas intenções. Com Palavras aliviamos os nossos corações e numa folha despejamos emoções e ilusões. read more

Ser Poeta… Florbela Espanca

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor! read more

Inspiration enlightens the world

É oficial! A vida dá cada volta que até nos deixa atordoados. Num minuto está tudo dentro da normalidade, no seguinte alguém nos arranca o tapete debaixo dos pés. E se posso dizer que uma das minhas frases favoritas é: “Not till we are lost, in other words, not till we have lost the world, do we begin to find ourselves.”  de Henry D. Thoreau, também posso garantir que todo o processo é demasiado doloroso.

Numa tradução livre: É quando perdemos o mundo, que começamos a encontrar-nos a nós mesmos. read more

Last Sacrifice by Richelle Mead

E o livro do fim-de-semana passado foi “Last Sacrifice” de Richelle Mead.

Este é o sexto livro da “Vampire Academy Series”, que encerra a história de Rose. Intriga, mistério, acção, amor e homicídio, são os ingredientes dos seis livros que compõem esta série, e que definitivamente nos ajudam a passar umas horas bem agradáveis. read more

“In a Dark Time” by Theodore Roethke

In a dark time, the eye begins to see,
I meet my shadow in the deepening shade;
I hear my echo in the echoing wood–
A lord of nature weeping to a tree,
I live between the heron and the wren,
Beasts of the hill and serpents of the den.

What’s madness but nobility of soul
At odds with circumstance? The day’s on fire!
I know the purity of pure despair,
My shadow pinned against a sweating wall,
That place among the rocks–is it a cave,
Or winding path? The edge is what I have. read more