Momentos, Propósito e Criatividade

vida criativa

Olá a todos. Sejam bem-vindos a esta [Vida Criativa].

 este artigo contém: um ponto de situação no NaNoWriMo; a celebração do Dia do Pijama; Mona Lisa Smile, um filme; e Titus Meeuws, um pintor no YouTube.

No meio de uma mistura de temas, que têm composto as minhas últimas semanas, e todos os trabalhos criativos, quero falar-vos um pouco sobre alguns momentos determinantes e especiais.

NaNoWriMo ou Escrever o rascunho #0 do livro ‘The Shapeshifters 2’

Ando por aqui a contemplar o que raio se passa com este projecto de escrita do NaNoWriMo. Não há qualquer hipótese de terminar este desafio com 50 000 palavras a 30 de Novembro.

Zero de hipóteses para o rascunho Zero.

Tenho trabalhado nele quase todos os dias. Mesmo assim, notei que ele requer outro tipo de esforço criativo, diferente do primeiro livro.

O primeiro livro construíu-se de grandes processos de iteração de ideias e revisões. De saber que, chegando à última página, regressava à primeira, e voltava a trabalhar no projecto como um todo.

Neste #2, nada disto acontece. Constrói-se com pequenos momentos de trabalho contínuo e uma grande indefinição sobre os momentos importantes desta história. Continuo a aprender, enquanto escrevo este livro, e achava que tinha tudo já definido… e, afinal, parece que não. Diz que o vilão falou, e teve uma conversinha particular comigo, trazendo-me um elemento novo, que eu desconhecia totalmente, para esta trama.

Estou a desbridar esta ferida… ou as feridas destas personagens.

Algo importante para mim aconteceu há uns dias… uma notícia apareceu a conspurcar as minhas noções sobre o NaNoWriMo. Não o desafio em si, mas o projecto e as pessoas associadas a ele, mas sobre isto não quero dizer mais nada. Já escrevi o suficiente na Pausa de Domingo da semana, se estiverem interessados no assunto, é clicar no link e ir ler.

Escrever um livro é sempre um momento especial. Aquele minuto em que colocamos a primeira palavra no que será o manuscrito final… Sim, sei que não é manuscrito porque foi escrito no laptop. E, também, não será a versão final porque, bom, estou no rascunho #0 da coisa (até podia ser o -1, mas 0 serve muito bem).

Este foi um momento determinante porque, a bem da verdade, ainda duvido se serei capaz de concretizar os três livros deste projecto. Porquê? Porque sempre duvido de mim e do que faço. Faz parte do combo da escritora, parece-me.

Origem etimológica: inglês comboredução de combinationcombinação.

“combo”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2023, https://dicionario.priberam.org/combo
Uma vez que duvido de tudo… até ao momento em que está terminado.
(E, que nunca estaria terminado, se não fosse uma decisão consciente de que assim seja… os escritores que me lêem compreendem e partilham o sentimento? Nunca, nada, parece perfeitamente terminado. E, está apenas, à distância de mais uma revisão para ser melhor e — o que sempre desejamos — perfeito. Ou, serei só eu, a castigar-me assim…).

Celebração da Adopção da Convenção Internacional dos Direitos da Criança pelas Nações Unidas e o Dia Nacional do Pijama como símbolo

No início da semana, celebrámos o Dia Nacional do Pijama. Este ano a escola da miúda inscreveu-se na iniciativa e nós, aqui em casa, participámos como pudemos. E, apesar de não ter registado o momento em foto, garanto-vos que foi o que usei, assim como ela, claro.

Porque, todos temos uma Criança dentro de nós (cujos traumas nos fazem companhia pela vida adulta). Porque acredito na defesa daqueles que não se podem defender sozinhos.

A Missão?

Crianças ajudam outras crianças. Todas as Crianças têm Direito a Crescer numa Família. — http://www.mundosdevida.pt/_Todos_por_uma_grande_causa

Escrevi um pouco sobre isto no artigo Arte, Ideias e o Dia do Pijama e, mais uma vez quero reforçar a necessidade de proteger as nossas crianças. Por motivos que me parecem óbvios, mas que parecem escapar a uma imensa quantidade de gente, neste mundo. Incluindo aqueles que, por vezes, tendo mais posses falham no acompanhamento, e protecção, das próprias crianças.

1953. O papel da Mulher. Mulher como profissional e artista.

Há uns anos valentes, 20 para ser mais exacta, Julia Roberts e uma série de outras actrizes conhecidas, representaram em Mona Lisa Smile. Um filme de 2003, ao qual dei (9⭐️) que fala sobre Katherine Watson, professora universitária de História de Arte, que deseja e consegue leccionar em Wellesley, uma universidade privada conservadora no ano de 1953.

Este é o cenário onde Katherine (Julia Roberts) questiona as tradições, e obrigações de época, das mulheres. As suas escolhas de vida estão sempre presentes nas suas relações com os outros. A sua forma de vida colide com a das alunas, de outros professores, dos pais, e da escola.  Ensinar e ajudar outras mulheres-meninas enquanto procura compreender-se a si própria e resolver os seus próprios temas.

Este é um filme sobre os diversos papéis da Mulher na sociedade, durante um momento no tempo muito específico. É um filme sobre os resultados do conformismo e do inconformismo, perante as realidades de época. É uma história sobre perseguir os nossos sonhos, e o direito de escolhermos sobre o que queremos sonhar.

É um filme de 2003, sobre 1953 que, em 2023, apresenta uma pátina vintage em aspecto que regressou. A ambiência, cor, vestuário, está tudo dentro do género Dark Academia que tem feito moda, e nos remete para um ideal de educação e cultura muito necessário a este mundo actual. Se, ao menos, vivêssemos o papel e não apenas representássemos o papel

Sem esquecer que, a nossa professora é artista. Vemo-la pintar. Recolher as suas referências artísticas, a arte que a toca, e contribuir para a abertura de mentes jovens para novos cânones da arte… e, não apenas ensinar História da Arte, expor as alunas à Arte Moderna da Época, e à Época áurea da publicidade.

Os romances, e as ideias de época sobre relações sexuais, namoros, casamentos, divórcios, são determinantes na caracterização das personagens e no avanço das diferentes histórias pessoais de cada personagem.

A riqueza está, de facto, na vida interior destas mulheres. Iludidas ou desiludidas com a própria realidade, contam-nos as suas histórias que, em tanta coisa, são também as nossas histórias.

Quanto à questão da emancipação feminina, acho que todas nós sabemos como esse assunto vai… Lutamos pela igualdade e independência. Somos fantásticas a acumular trabalho em todas as facetas da nossa vivência diária. Somos insuficientes para recebermos o crédito apropriado por tudo aquilo que fazemos. Somos responsáveis e responsabilizadas. Somos boas, más, suficientes, insuficientes, tudo junto, e nada em simultâneo. São terríveis para nós, e somos terríveis umas para as outras… mas tudo vai bem.

Somos livres para fazermos as nossas escolhas. Todos nós. Mas, nunca, ninguém, se livra de viver as consequências dessas escolhas… Sejamos do sexo feminino ou de outra designação diferente. 

A minha única crítica a este filme: faltou qualquer coisa. Não vos sei dizer bem o quê, mas suponho que tenha sido a magia da visão de alguém que compreende, de facto, o tema e vai um pouco mais longe na sua representação.

Não sei. Foi a sensação com que fiquei, que faltou o grão mágico à história. E, no entanto, é filme para 9⭐️.

Titus Meeuws Canal no YouTube, Podcast, Arte em Aguarelas

Paz. Criatividade. Novidade. Compreensão… tudo aquilo que encontro nos vídeos de Titus Meeuws. É a minha companhia, quando escrevo em certos meios ou estou imersa em determinadas práticas criativas, como bullet journal, creative journal ou Second Brain…

Aprendo imenso quando o vejo desenhar, pintar, trabalhar nos seus desenhos comissionados, ou explorar as suas oportunidades de expor o seu trabalho.

Divirto-me em absoluto com aquilo que vislumbro na vida de Titus, como artista que se dedica à sua arte, e vive dela. E, como pretende ajudar outros artistas a conseguirem as suas exposições em galerias e venderem os seus trabalhos.

Aguarela. Titus que junta a formação tradicional à sua vontade de explorar um meio menos glamoroso no mundo da pintura. Que cria quadros cheios de personalidade, de aspecto tradicional e, em simultâneo, contemporâneos… usa aguarelas. Adoro.

Ouvir chover no seu estúdio, os sons de passos curtos, os pedacitos dos seus pensamentos, a água a revoltear enquanto aperfeiçoa a cor… é meditativo.

Em jeito de conclusão…

Assim se enche o poço da minha própria existência criativa. Nos múltiplos momentos, que determinam as contemplações e os resultados daquilo em que estou a trabalhar.

Não percam o rumo ao que é importante para vós. Registem-no. Pensem nisso. Definam e reforcem o que é especial.

Encham a vossa vida de satisfação e propósito. Para uma vida mais feliz e criativa, construindo a tua Criatividade.

Obrigada e Até Breve!

subscreve

Referências:

 

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.