Estado das Resoluções para 2025… em finais de Janeiro

resoluções para 2025

Olá! Sê bem-vindo a este [Diário de Bordo].

Este é o registo do meu Caminho, neste belo mês de Janeiro. E, em baixo, vais encontrar tudo, de relevante, sobre as resoluções para 2025, e como este mês viu os seus progressos e/ou retrocessos.

Ora, em 2025 diz que a minha bússola é a palavra ‘Intencional’.

Qual é o impacto desta determinação, nas tarefas que entram neste diário de bordo? O que escolhi fazer que tenha servido esse propósito Intencional?

E, o mais importante, o que é que tu podes encontrar para o teu próprio Caminho Criativo?

Diz o Priberam que:

definição de intencional

E, de uma forma esquisita, até o último significado se aplica, neste mês de Janeiro… tenho vários projectos ainda em forma de ‘projecto’, e que se pode dizer que existem apenas na intenção de os concretizar.

E, está tudo bem. Se não tivesse ideias, para tentar concretizar, é que era um problema!

Mas, diz que Janeiro foi um mês bem Intencional, em várias frentes:

Renovei as minhas Intenções em manter actualizados os meus journals e filofaz. Renovei a minha Intenção em procurar recursos construtivos. Renovei o compromisso Intencional com escrever no presente blog. Renovei o meu gosto por ler livros diferentes e inesperados para mim. Renovei a vontade de continuar a pesquisar sobre aqueles temas que me interessam.

Tudo o que fiz foi com Intenção, mesmo se não constasse de uma qualquer lista de afazeres com várias semanas — algumas tarefas até constavam!

Estive a ler o ensaio por Joan Didion, entitulado Self-respect (inserido no livro “Slouching Towards Bethlehem“), que recomendo como um incentivo a lidar com aquilo que parecemos ter dificuldades em fazer.

Deixo-vos alguns excertos:

self respect is investing in yourself

O respeito por nós próprios (amor-próprio) vem daquilo que fazemos. Por muito que custe, só nos podemos respeitar de verdade se agirmos de acordo com os nossos princípios, e enfrentando as dificuldades, e medos, que advêm de intentar essas acções. [Verdade, verdadinha!]

Intencionei muitos temas, resoluções, outras iterações e construções, e quero relembrar todas estas pequenas vitórias.

São minhas e, costumo ter muita dificuldade em me congratular por algo, ou achar que fiz o suficiente, por isso, este é o ano de mudar, também, essa tendência devastadora.

self-respect as discipline

Como ser mais Intencional?

Uma das formas de me manter consciente das minhas Intenções e dos pequenos actos que me possibilitam concretizá-las, é manter um registo (ou vários, como é o caso) do que fiz, e do objectivo que desejo cumprir, com cada um desses pequenos actos.

E, esta é uma estratégia que gostaria de te incentivar a começar, continuar ou reforçar, consoante seja o caso: registar algures, tudo o que fazes, e que consideras interessante e importante.

2025 journals
Estes são o filofaz (no meio) e dois blocos de apontamentos. O que não mostro nesta foto? A quantidade de cadernos de capa preta (daqueles que custam menos de 1€, que uso para todos os outros rabiscos, e que adoro manusear…) e os arquivos, deste formato, do ano que passou.

Não sei se te acontece — e, suponho que depende um pouco da idade e da capacidade cognitiva, que cada um de nós tem, num dado momento mas, — esqueço-me do que fiz com muita facilidade.

Esta dificuldade em memorizar o momento exacto em que algo é feito, ou precisa ser feito, começou a colocar-me em circunstâncias pouco simpáticas. Em especial, porque as minhas obrigações não permitem o luxo de me esquecer de certos actos (como por exemplo, quando se trata de medicação regular, ou de ter os básicos disponíveis para uso/consumo).

E, o que faço com todos os sentimentos que tenho, quando algo falha? Quando não me lembro, mas sei que é importante, e que devia lembrar-me? Ou, quando só me lembro do que falhei, e nunca do que fiz mais do que bem?

Assim, como remédio santo, aponto o que é preciso apontar, e vou-me mantendo alerta para o que preciso relembrar (pequenas vitórias estão muito incluídas!). Esta é uma estratégia que funciona, desde que o empenho pessoal esteja lá.

intrinsic worth

É preciso relembrar que temos valor intrínseco, apenas porque somos, porque existimos, porque… é.

Em que áreas fui Mais Intencional durante o mês de Janeiro?

*no descanso

Parece esquisito começar por aqui? Mas, tenho um motivo para isto. Dormir, e desligar das minhas responsabilidades, é algo muito difícil para mim e, acredito que faz parte daquela tendência moderna de burnout, que está muito bem argumentada, no livro ‘The Burnout Society‘ de Byun-Chul Han.

Deixo-vos uns excertos…

predadores

A carga aumenta, a pressão sobre os mecanismos de adaptação instala-se. Aceitamos o excesso de forma voluntária, independentemente, das consequências que esse demasiado, a toda a hora, em todo o lado, nos traz. Exigimo-lo de nós. Depois… estoura a pipoca!

A calma, e o tempo que preciso, para me sentir com mais energia, e acordar bem-disposta e com a sensação que descansei de facto, é algo relativamente fixo. E, sei que é difícil manter uma higiene de sono decente porque, há muitos factores que influem na qualidade, e quantidade, do meu sono. Por isso, ser Intencional com as condições do meu descanso é imprescindível. Manter horários, procurar rotinas à hora de deitar, e levantar, procurar uma espécie de acalmia antes adormecer, são factores com os quais preciso ser Intencional.

Nem sempre funciona porque, mais uma vez, nada disto depende apenas de mim, mas de várias ocorrências, incluindo os meus humores mas, é importante ser Intencional nas minhas vontades e actos. E, se possível instigar o mesmo nos que me rodeiam.

Comecei um registo de horários de sono. Quero ter noção do que o afecta, e de como posso tentar melhorar, pelo que, primeiro preciso ter informação concreta.

*no controlo do multitasking

Se lês o que escrevo há uns tempos, já te deparaste com um dos meus discursos de “só consigo fazer uma coisa quando estou a fazer duas, ou três, em simultâneo.

Avanço já com a ideia que, a idade também ajuda a controlar isto. Mais cansaço significa menos energia e menos recursos cognitivos para utilizar. Significa que, ou foco-me no que estou a fazer, ou acabo magoada.

Por exemplo, deixei de ouvir audiobooks enquanto cozinhava. Cortava-me, queimava-me, ou deixava o comer cozinhar demais, com uma facilidade impressionante.

E, diz que, estas micro-decisões têm de ser feitas, intencionalmente e constantemente, ou volto a acumular sem dificuldades (mas, sempre causando dificuldades!).

multitasking

E, noto que, quando estou a fazer uma coisa de cada vez, concentro-me melhor na actividade que estou a desempenhar, afecte ou não, a qualidade dos resultados.

Comecei por escolher prioridades: o que estou a fazer que precisa de atenção exclusiva? O que preciso desligar para poder concentrar-me com a maioria dos meus recursos cognitivos? Tenho-me esforçado por fazer isto… até, porque, faço tudo em menos tempo do que se estivesse em modo ‘atenção dividida’.

*na elevação das resoluções para este novo ano… e seguintes

Decidi que, este meu Caminho, passa por fazer um esforço consciente para mudar, em mim, aquilo que preciso. Para ti, os pormenores disto não importam, porque tu tens o teu Caminho especial e, és tu que tens de encontrar o que precisas para viveres a tua vida da melhor forma que te for possível.

Acredito, mesmo que, cada um de nós tem uma lição na vida, cuja resposta não pode ser copiada de ninguém (mesmo que gostemos de ver como os outros fizeram, e o que resultou para eles, mais não seja, para não sentirmos que estamos sozinhos nesta luta).

A ideia é melhorar sempre, de forma consciente e intencional. É escrever mais e melhor. É aparecer para a minha prática criativa e parar de tropeçar nos meus próprios pés (impossível, se falar na forma literal, mas alcançável na figurada). É intentar que o que faço é com aquilo que de melhor tenho para oferecer no momento.

Há umas semanas escrevi e publiquei o seguinte Pontapé Inicial para 2025 — Modelos Melhores e Construir em Fundações Sólidas, onde falo um pouco sobre estas resoluções melhores.

… E, uma delas, já foi inicializada, como podem ler em Fora com as Redes Sociais… ou, pelo menos, algumas delas!, que me fez olhar para o que consumo de redes sociais, e exercer as minhas escolhas.

O que importa, mesmo, é ter consciência de como os nossos actos afectam os que nos rodeiam de formas imprevisíveis. E, que, por sua vez, te afectam a ti de volta, pelo que elevar a qualidade desses contactos é importante.

attention

Devemos os avanços que fizemos à reflexão apurada. Diluir essa capacidade é prejudicial para todos.

E, limitamos aquilo que podemos criar de positivo. Neste ponto, podem ler mais na obra ‘Deep Work’ por Carl Newport.

deep work

A única forma de me manter no meu Caminho é limitar as tendências da actualidade. Ou, pelo menos, limitar aquelas que são prejudiciais para a minha saúde, e a saúde dos meus projectos criativos.

*na atenção que dispenso aos recursos que uso

Há um excesso de inputs: informação, fontes, entretenimento, pessoas, opiniões… Acima de tudo, há um excesso de pressão sobre o que devemos pensar, ou anestesiarmo-nos sobre, evitando pensar.

Por isso, acho que preciso tomar tudo com um grão de sal.

Todos os recursos competem pela minha atenção. Eu sou o produto que eles comercializam, e com o qual fazem dinheiro. Aquilo que eu compro, que eu leio, que eu oiço, que vejo nas redes sociais, que aparece nas notícias, ou nos intervalos destas… E, neste ciclo vicioso, eu sou o produtor que tem de ir fazer dinheiro, para gastar nas coisas que a sociedade me fornece, e que diz que eu tenho de ter.

Mas, é bom ter água potável a sair da torneira, electricidade e aquecimento à distância de um botão, e serviços de saúde com um simples telefonema.

Tudo é feito de coisas boas, menos boas e coisas, francamente, más.

Não me posso esquecer que é o meu trabalho separar a informação relevante. E, que me cabe a mim, escrever sobre estes assuntos, entre outros tantos, de igual relevância.

Sim, há muita coisa por aí, mas também tenho acesso ao conhecimento que me pode ensinar, assim eu o permita, a separar o que é relevante do que é palha. E, é isto que procuro ter em atenção.

Desconfio que, é por isto que gosto tanto de ler livros tão díspares quanto os consiga encontrar (e digerir… nem todos são possíveis de digerir para mim).

Janeiro viu uma continuidade, na busca incessante, pelo que me anima. Não apenas porque quero construir apoiada pelos gigantes que vieram antes, mas porque tenho curiosidade em conhecer tudo o que foi aperfeiçoado depois.

prática deliberada

Para poder contribuir, devo conhecer, praticar e dedicar a minha atenção ao assunto em mãos, seja este qual for.

Em que áreas fui Menos Intencional? E, preciso rever Prioridades?

Se tens lido estes primeiros artigos de 2025, e se subscreves a newsletter semanal ‘5 minutos sozinha‘, sabes o que tenho andado a ler, ver e fazer (se não o fazes, podes Subscrever o blog por email, e recebes todas as actualizações no teu email). Por este motivo, vou deixar de fora os pormenores práticos sobre estas práticas intencionais.

Se, até aqui, encontrava sempre motivos para me criticar (porque não fizera o suficiente; porque o que fizera não era perfeito; porque queria ter feito mais…), com a bússola a apontar na direcção que escolhi, vou procurar fazer as coisas do dia-a-dia guiada pela Intenção e pelas melhores intenções (sim, está o Inferno cheio delas, mas é o que tenho…).

Áreas em que fui Menos Intencional?

*na minha escrita ficcional

Os meus temas pessoais estão todos interligados, e escrever ficção exige que eu consiga arrumá-los de formas que me convenham. Algo com que preciso ser mais Intencional, e não apenas Inspiracional.

*estabelecer horários e objectivos

Li que esta incapacidade de sentir que se atingiu um objectivo, seja ele qual for, está, intimamente, ligada a esta nossa tendência de burnout social e pessoal.

Fez sentido, mas aviso que este tema é bem mais complexo, e está ligado ao que nos acomete, enquanto sobreviventes nesta realidade social, de formas que nem me quero aproximar aqui. Deixo só uma curta citação:

objectivos smart

Sinto necessidade de estabelecer objectivos coerentes (saudáveis?!), e de arranjar os meios para os concretizar. Sei que a curto prazo, coloco muitas coisas na lista de afazeres, que vou cumprindo a cada dia que passa. E, isto, reforça a sensação que preciso ter as actividades registadas para as poder concretizar.

E, não há nada que grite mais alto ‘Intencional‘ do que estipular um Objectivo SMART… ou vários, repartindo as tarefas em bocaditos que sejam mais fáceis de transportar.

Quanto aos horários… o que posso dizer? Preciso encaixar os tempos para escrever ficção. Para rever e editar ficção. Para organizar os escritos para os quais tenho planos. Para acrescentar alguma coisa interessante neste domínio.

Mas, o que faço primeiro? Vou ponderar, com Intenção. E, responder-me. Porque sou eu que preciso de respostas.

Espero que possas aproveitar alguma coisa de útil deste Diário de Bordo de Janeiro de 2025.

Partilha connosco como vão os teus objectivos para 2025 e quantos sobreviveram a Janeiro… nos comentários aqui em baixo.

Obrigada e Até Breve!

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