Paranóias de infância

Após ler o texto “How to stop worrying what others think”, cruzei-me com um post de Seth Godin “Now you are a celebrity”, e dei por mim a pensar numa série de barbaridades que tanto sentido fazem nesta vida sem sentido.

Sempre tive um problema ou dois neste departamento de querer agradar a todos. Desde que me lembro de ser gente que tento agradar, gosto de agradar e motiva-me ser recompensada quando agrado (em sentido lato, claro!). Lembro-me particularmente bem das constantes comparações entre mim e o outro rebento da família. Coitada, aí saiu-lhe a palhinha mais curta. read more

A felicidade de uma criança

A criança arregalou os olhos, num misto de deslumbramento e incredulidade. Aquilo tudo era para ele? Nunca imaginara que a felicidade fosse assim, redonda, vermelha e… doce. Mas aquele gesto vindo dum homem tão rude, um desinteressado, um estranho, se não contasse com as inúmeras vezes que se cruzaram com ele nas escadas ou na frente do prédio onde vivia, acrescia ao espanto que ele sentia.

Nunca na vida provara um rebuçado, nunca houvera dinheiro extra para rebuçados. Aliás, nunca havia nada extra, e normalmente o dinheiro que havia não chegava para o essencial, quanto mais para o rebuçado extra. Pelo menos era o que ouvia da sua avó. read more

Mostrem-me onde fica o Off

Eu não sei desligar o botão. E eu sei que não o sei desligar, o que torna as coisas ainda mais complicadas. Aquele botãozito pequenito que corta a corrente quando o quadro eléctrico está prestes a incendiar-se. Sabem qual é?

A atenção dividida é uma prerrogativa que nos assiste, que faz com que a maioria das mulheres desempenhem várias tarefas ao mesmo tempo. Faz com que nos sobrecarreguemos de actividades. (Acumular actos confunde o Corpo.) read more

Sometimes we put up walls…

O decadente consolo de um abraço, naqueles dias em que nada parece suplantar a dor. Um encosto para a Alma, nas horas em que a única vontade é abandoná-la e voar. A certeza omnipresente de que estarás lá se for preciso, mesmo que não estejas presente. As diferenças relegadas para o “não importa”, desde que compreendas.

Para aqueles que nos acompanham pela vida fora, a quem pouparíamos a dor se tal estivesse ao nosso alcance. Que nos consolam, às vezes sem o saber. A quem consolamos, desejando fazer mais, ou sermos mais eficazes no apoio que damos. Que sentimos perto, quando longe estão. Que tentamos compreender a todo o custo, e mesmo não o conseguindo, que aceitamos sem reservas. read more

A Velocidade da Vida

Corres desenfreado em direcção a algo que não desejas e não compreendes. Corres para um desfecho que talvez fosse evitável, mas que se tornou incontornável. Esse fim, não to desejo! Nunca to desejei. Mas as reviravoltas da vida colocam-nos em posições estranhas, e usam-nos para os seus propósitos, tal como tu me usas para os teus fins.

Devo assumir que não me surpreende?! Não me surpreende. read more

Hoje celebra-se o dia dos devaneios… os meus.

Hoje é o dia dos devaneios, das palavras soltas, dos textos emotivos, imaginativos, agressivos, delicados ou simplesmente enfadados. Hoje é o dia em que se aplica na perfeição aquelas citações, excertos banais, pequenas e irritantes frases, mais ou menos verdadeiras, e apropriadas, ou não.

Hoje, Oscar Wilde decidiu vir até este cantinho e dar o ar da sua graça, inspirando este post a partir da sua morada póstuma. E sem contrariar o escritor irlandês, aqui coloco o seguinte da sua autoria: read more