pausa de domingo. obstáculos no caminho.

obstáculos no caminho

Muros, barreiras, bloqueios, obstáculos… metáforas usadas para simbolizar aquela ocorrência (física, emocional, mental) que nos impede de chegar a um qualquer objectivo que definimos para nós.

Os motivos da aparição dos ditos obstáculos podem ser muitos e variados. Desde gestão de tempo, inspiração, síndrome de impostor, doenças…

Mas, o que pensar disto, quando parece que há sempre alguma coisa a impedir que façamos uma determinada actividade?

Quando o telefone toca no exacto momento em que estamos a começar? Quando pousámos os dedos no teclado, após os minutos e ritmos necessários para continuar a escrever, e o nome de alguém a quem não podemos recusar a chamada aparece no ecrã.

Quando o evento aparece, na altura que compromete uma regra comportamental acabada de definir? Quando começámos ontem a fazer dieta e, amanhã, temos de comparecer num jantar importante.

Quando surge um projecto que toma predominância sobre o tempo de que dispomos? Quanto temos 6 horas para fazer isto, mas aparece um aquilo, para o qual vamos precisar de canalizar essas 6 horas.

Quando ficamos doentes nos dias mais importantes de algo? Quando a enxaqueca é mais inoportuna do que é costume.

Conto inúmeros exemplos disto tudo e de mais.

Por vezes, parece mesmo que o Universo me envia uns sinais confusos sobre o que é suposto acontecer… e, tem algum prazer em brincar com os meus planos iniciais.

Por um lado, sei que preciso encaixar a actividade e que não tenho como impedir imprevistos. É a definição de imprevisto.

Por outro lado, não compreendo se uma dificuldade se manifesta desta forma porque era suposto alinhar a actividade de um modo mais… competente. Faz sentido?! Nem sei.

Por vezes, sinto-me uma espécie de malabarista, mas sempre em período de treinos. E, é meu costume, levar um tempo considerável a arranjar um equilíbrio dos variados pratos, que mantenho a rodar, no topo daqueles pauzinhos compridos.

Equilíbrio de pratos
Equilíbrio de pratos

Levo uma boa extensão de tempo a imaginar, e a por em prática, uma rotina mais adequada ao desafio de cada momento. Mas, sei que, identificar as prioridades ajuda a descomplicar esta tarefa.

Também sei que manter-me maleável à utilização de novos horários para fazer as coisas, é o que me possibilita equilibrar alguns destes pratinhos no ar, sem partir nenhum.

contorcionista
Contorcionistas de corpo (e tempo)

Olho para trás e recordo-me do início da pandemia, e da resolução de acordar às 6 da manhã, todos os dias, para ter 2 horas de escrita ininterrupta, até a menina acordar. Tinha começado a adaptação ao novo horário no dia 01.01.2020. Mesmo a tempo para que, na transição de Fevereiro para Março, fôssemos dos primeiros a ficar confinados por contacto de risco.

Foram dois anos longos, mas com essas horas sem interrupções da criança de 3 anos, na altura, fizeram com que pudesse manter-me activa na prossecução dos meus projectos.

Mesmo assim, demoraram uns seis meses até o corpo compreender que, as 6 da manhã, eram as novas 8h na minha rotina.

Obstáculos, imprevistos, mudanças e coisas fora do Plano, são inevitáveis. E, nem tudo entra no Plano. Há coisas criativas que se materializam de forma muito independente e inesperada.

Claro que preciso sempre relembrar-me que as dificuldades vão passar, que é preciso ter calma, que meditar ajuda.

E, acima de tudo, preciso relembrar-me sempre (e, por vezes, com muita veemência) não que ‘tenho de fazer isto‘ mas que…

tenho a oportunidade de fazer isto‘.

Ajeitar os tempos é trabalho de malabarista mas, no fim, tenho oportunidade de fazer isto, de escrever estes artigos, de escrever as minhas histórias, de organizar o meu tempo e, acima de tudo, de desfrutar daquilo que a minha vida criativa me dá:

paz de espírito, apreciação do momento, ideias novas, uma visão diferente, aprender muito e de forma variada e, por último mas não o último, oportunidade de viver isto.

Nunca nos faltam obstáculos no caminho, seja qual for o nosso caminho.

Ajeitar-nos, e preparar-nos, para lidar com eles; Contorná-los (sê como a água, como escreveu Bruce Lee) sempre que possível; Ter infinita paciência para aceitar o que não temos como mudar; Fazer o nosso melhor neste Universo que constituímos.

Nesta pausa de domingo, ou em qualquer outro dia, não nos podemos exigir nada mais do que isto.

Aparecer. Aprender. Planear. Apreciar. Fazer. E, Deixar Ir o que não é para nós.

E, por aí? Que obstáculo contornam hoje?

Boa Pausa de Domingo.

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