[pausa de domingo] a importância de tomar decisões de mudança

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Há 3 semanas comecei uma nova prática. Algo que me assustava para além do razoável, e que significa combater algumas das minhas idiossincrasias mais profundas: decidir o que iriam ser as refeições da semana seguinte.

E, em Keto! (dieta cetogénica)

Sei que, na última [pausa de domingo], usei este início de experiência como exemplo. Um exemplo do que o planeamento pode fazer na nossa vida. Esta semana, uso-a para averiguar o que mudou.

O acto de planear assusta-me. Isto não é novo! Ocorre-me sempre aquele ditado “O Homem planeia e Deus ri-se”… 

Por isso, e uma vez que me encontro na semana #4 deste desafio de planeamento alimentar, volto a olhar para ele e a tentar avaliar as melhorias que já sinto que se encontram a operar.

Ao início senti toda a resistência de começar uma nova prática, sem saber bem se seria capaz de mantê-la, por qualquer tipo de prazo.

Chamo-lhe uma experiência, mas não defini um prazo final para ela. É uma experiência que desejo que se transforme num hábito… ou vários, porque isto implica muito ‘cozinhar’.

Primeiro odiei o plano. Odiei fazê-lo. Odiei os sentimentos que me assaltaram sobre a futilidade de se planear a vida que, é para mim, quase impossível de planear com este nível de detalhe. Sei lá eu, se acordo amanhã!!! 

Mas, logo na primeira semana, comecei a sentir as vantagens cognitivas e práticas, de ter tomado todas as decisões de forma prévia.

Senti um alívio na pressão de decidir tudo, a cada dia, com o que havia na despensa. Senti um conforto especial, por ter tudo o que necessitava para cozinhar, sem improvisos de última hora.

Eu gosto de cozinhar. Como qualquer pessoa, odeio a obrigação de cozinhar mas, na sua essência gosto de cozinhar e adoro que as pessoas que comem o que eu faço, gostem do que estão a provar.

Gosto de comer, por mais motivos do que um (o que não interessa nada para aqui! – e sobre isto, e muito mais, aconselho o audiolivro ‘The Mountain is You).

Gosto de comer comida acabada de fazer, pelo que aquela cena de cozinhar de antemão não serve para mim (excepto excepções inevitáveis).

Gosto de optimizar os recursos que tenho, para não passar mais do que o tempo necessário a cozinhar, nem estragar mais do que vou usar.

 Confesso que começo a ver outras vantagens nesta prática.

Sentimentos que nunca antecipei experienciar (prever o que vou sentir também não é o meu ponto forte, admito!), mas que estão a transformar esta experiência numa de, espero eu, muitas.

Optimizar o processo para procurar o sucesso.

Libertar espaço na mente!

Antes, em todos os dias, teria uns minutos interessantes de pico de stress, a tentar perceber o que podia cozinhar para o almoço. O que havia na despensa. O que nos apetecia comer. Quanto tempo estava disposta a usar para a confecção. Uma quantidade de considerações que faziam com que o processo de decisão fosse difícil.

Este tema surgiu noutras áreas de interesse, como no Minimalismo, ou na escolha de um guarda-roupa capsula. Não faltam opiniões sobre o quanto a quantidade de micro-decisões diárias sobrecarregam o nosso sistema emocional. Como eu os compreendo…

A segurança do concreto

Tenho um plano concreto, algo escrito, algo que me dá uma certa segurança no que vai acontecer.

Mesmo que seja preciso alterar alguma coisa, à última hora, sei que posso olhar para o plano e reformular. Sinto que posso escolher, sem ter de usar recursos mentais que estão ocupados com outras coisas, e sinto-me segura nessa escolha.

Se me sinto em conflito, tenho a segurança de ter desenhado um plano concreto.

Melhores resultados finais

Fiz a lista do que vamos comer, a lista do que preciso para aquelas receitas específicas, avalio o que tenho e o que necessito repor, controlo os custos, não comprando para o que me pode apetecer querer comer, mas para o que vamos consumir, e consigo garantir que não falta nada na hora de executar.

Não há corridas de última hora ao supermercado, ou adaptações de ingredientes para o que há cá em casa. Mais poupanças…

E, o que não há, é a imprevisibilidade do que podem provocar. As mudanças imprevistas que estragam o resultado final. Mais certezas…

Cada ingrediente funciona de uma maneira específica, tem um contributo de sabor ou aroma, relaciona-se com os outros à sua maneira. Alterar esta química pode significar estragar o equilíbrio da receita.

Eu gosto de criar receitas novas. Mas odeio quando os resultados finais são insatisfatórios. Assim, garanto a qualidade do resultado final.

Reforço da escolha

Se estou a tentar perder peso, no meu caso, mas todos os dias devo relembrar-me deste facto, complico-me na minha escolha.

Transformando esta decisão em algo concreto, definido de antemão, com o conhecimento do que posso comer, faz com a escolha feita seja mais fácil de operacionalizar.

Se todos os dias, me puserem à frente esparguete e courgete, todos os dias terei de me forçar a fazer a escolha correcta para mim (dieta cetogénica, no meu caso). Se já estiver escolhido, aceito que só há courgete à minha frente.

E, páro de me torturar com esta repetição de escolhas, e de tentações, à minha força de vontade… não quer dizer que não me apeteça comer pão, mas sei que não pode ser, e nem sequer há cá em casa.

Sempre senti que é preciso ser claro nas escolhas que fazemos. É fácil?

Não!

Mas ajuda muito quando queremos obter resultados que desejamos. A cena do ‘quero mas não quero‘ é uma praga e só traz sofrimentos.

Ajustar e adaptar

Esta semana reparei que, ligeiros ajustes nos compromissos do fim-de-semana, mostram que necessito planear, também, as refeições destes dias. Práticas precisam de ajustes. Assim os farei. 

Para qualquer mudança que faço, gosto de ir avaliando resultados. Faço-o com todas as minhas outras práticas criativas.

Por vezes, fazer ajustes não é o acto mais fácil, ou rápido, do mundo… ou indolor. Também nisto, é preciso ser sincera comigo mesma, e tentar vislumbrar o que não consegui ver à primeira volta. Às vezes não vejo, como nestes dois fins-de-semana, em que não foi preciso preocupar-me com fazer refeições keto em casa, seguidos por dois em que é necessário fazê-lo.

Decisões tomadas também precisam ser ajustadas, modificadas ou alteradas por completo.

Agora, aplico isto a tantas outras coisas na minha vida. Outras experiências. Outros projectos. Novas certezas.

E, espero que, a certeza de vantagens me influencie a fazer melhores escolhas noutros projectos e actividades e, mesmo, na minha vida.

Só falhamos naquilo que não tentamos…

desejo-vos uma excelente pausa de Domingo!

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