Olá a todos. Sejam bem-vindos a esta [pausa de Domingo].

Não sei se já vos disse, mas… está disponível para download gratuito o Compêndio Criativo 2024, cujo objectivo é ajudar-te a colocar no papel o que é mais importante para ti, e que te será útil para o novo ano que se aproxima.

Claro que já tinha dito… esta cena de repetir para divulgar é um pouco desconfortável, confesso, mas necessária. Por isso, espero que esta partilha vos seja útil.

Mas, e como não podia deixar de ser, esta [pausa de domingo] é sobre a mudança que acontece esta noite:

a transição de 2023 para 2024.

Esta [pausa de domingo] é, para mim, uma das mais estranhas do ano. Num dia que se quer Activo, a preparar o que quer que seja que acontece mais logo, até chegarmos à introspecção necessária e inevitável dos momentos nocturnos… e, aqui estou eu, a dizer-vos para tirarem um momento para vós. Não é nada menos do que estranho.

…E, enquanto me encontro a ponderar se conseguirei reservar tempo para o meu momento.

Ainda não escrevi a minha carta para mim mesma. Ainda não reli o meu contentor de mensagens de gratidão/momentos bons. Ainda não terminei o aprontar do journal para 2024…

E, não me falta o que fazer, até chegar a meia-noite.

No entanto, começo a sentir uns pozinhos mágicos da introspecção de mais um grande final. E, para ajudar, estive a ler uns poemas dentro do tema, que vos convido a espreitar:

FUTURA VECCHIA, NEW YEAR’S EVE by Rebecca Elson no The Marginalian do qual vos deixo um excerto:

“A shiver of sparks sweeps round
The dark shoulder of the Earth,
Frisson of recognition,
Preparation for another voyage,

And our own gentle bubbles
Float curious and mute
Towards the black lake
Boiling with light,
Towards the sharp night
Whistling with sound.”

— FUTURA VECCHIA, NEW YEAR’S EVE, by Rebecca Elson 

E, do artigo Retrospectiva 2023 por Nelson Santander, no blog singularidade – poesia e etc., o excerto de um poema de Dorianne Laux, cujo título é De qualquer forma.

Se estamos fraturados,
assim o estamos
como estrelas
feitas para brilhar
em todas as direções,
por qualquer dimensão,
bilhões de anos
desde então. (…)

Nada se foi para sempre.
Se viemos do pó
e ao pó voltaremos,
então podemos descobrir o
caminho para qualquer coisa.

— De qualquer forma, por Dorianne Laux

Somos pó de estrelas, feitos para brilhar em todas as direcções e vamos descobrir o caminho para qualquer coisa. Qualquer coisa especial, digo-vos eu. Desconheço que coisa será essa, assim como suponho que seja uma viagem que aconteça a todos, porque todos nós estamos em processo de descoberta de algo pessoal.

Mas, o mais importante é, que não deixemos de tentar descobrir o que o novo ano nos trará. Deixemo-nos brilhar, sem diminuirmos a nossa luz própria. Vamos em busca do nosso lago negro, onde residem os mistérios dos dias, flutuando como bolhas delicadas e silenciosas, em direcção ao ano novo que se aproxima.

E, o resto, é apenas pó de outras estrelas deste Universo.

Assim, te desejo uma rotação pacífica ou emocionante, consoante assim estejas mais inclinado. E, acima de tudo, desejo que deixes o teu pó de estrela universal brilhar e resplandecer. Para que a escuridão molhada deste nosso Lago nunca o encharque e elimine.

Afinal, só temos cerca de 27,375 dias. É melhor pô-los a trabalhar na qualidade. (E, sobre isto podem ler mais aqui…)

Feliz Ano de 2024!

E, Desejo-vos uma excelente [pausa de domingo]

Obrigada e Até Breve! (vejo-vos do outro lado do sol)

∞

Referências:

• o Compêndio Criativo 2024
• FUTURA VECCHIA, NEW YEAR’S EVE by Rebecca Elson no The Marginalian
• sobre Rebecca Elson
• blog singularidade – poesia e etc.
• sobre Dorianne Laux
• artigo Parte o copo. Ouve o Universo. Vive.
• Imagem: Water Lilies by Monet (1906)