Categoria: Arte a Escrever
12 Meses/12 Contos: Conto de Agosto de 2013
O conto de Agosto foi um c***** doloroso (que se arrastou por Setembro), como só tudo o que é violento tem a capacidade de fazer.
Uma história com um rumo, ritmo, mensagem e 579 palavras depois… um conto encostado às boxes. Mas, no meio da miscelânea de excertos que escrevi nos últimos meses, decidi experimentar uma nova técnica: um diário da personagem principal que ajudasse a consolidar a backstory (e bem que estou a precisar de organizar as histórias).
Recursos do Escritor: Um significado mais profundo
“Reading literature is a highly intellectual activity, but it also involves affect and instinct to a large degree. Much of what we think about literature, we feel first. (…) Imagination isn’t fantasy. That is to say, we can’t simply invent meaning without the writer (…) a reader’s imagination is the act of one creative intelligence engaging another. So engage that other creative intelligence. Listen to your instincts. Pay attention to what you feel about the text. It probably means something.” “How to Read Literature Like a Professor” by Thomas C. Foster
Quantos de nós, leitores, procuram o significado mais profundo de uma obra? Quantos olham para a página e questionam o porquê de determinada circunstância, adereço ou condição climatérica? Quais de nós procuram o significado do nome de uma personagem e as suas raízes, por forma a perceber se também ele nos dará uma pista para o que as páginas seguintes lhe reservam? Suponho que alguns… não muitos.
Opinião: ‘Manuscrito encontrado em Accra’ de Paulo Coelho
Escondemo-nos, muitas vezes, atrás de ideias pré-concebidas, experiências menos simpáticas e conjunturas inadvertidas. Escondemo-nos porque negamos a possibilidade de voltar a tentar e aceitar que, num dado momento, há livros e autores que não ressoam, ou enraízam, na nossa mente.
Felizmente, (sim, felizmente, porque não acredito que devemos fechar-nos a algo só porque não agradou à primeira) voltei aos escritos de Paulo Coelho.
Opinião: ‘Todo o anjo é terrível’ de Susanna Tamaro
Também os livros e as suas mensagens, de forma fortuita ou predestinada, nos encontram.
‘Todo o anjo é terrível’ deu comigo num sítio com pouco charme e muito barulho de coisas que se mexem sem propósito: o supermercado. Fê-lo num daqueles dias em que não ia ser capaz de suportar uma longa espera, numa das filas, pela inquietude da qual a mente padecia. No burburinho, e em meia hora, absorvi cerca de cinquenta páginas.
Opinião: ‘The Great Gatsby’ de F. Scott Fitzgerald
E se não fosses capaz de enterrar o passado? E se todas as tuas acções e planos se destinassem a fazer evaporar o tempo que passara? E se recuperar um amor perdido fosse o motivo por trás de todas as tuas decisões?
Jay Gatsby é o homem que todos queriam ser e que todas as mulheres não se importariam de ter. O dinheiro, a casa, as festas, os automóveis, barcos e aviões, tudo fazia parte da vida do misterioso Gatsby que, vivendo uma vida incomum, evitava os constrangimentos normais da época. Nada parecia cativá-lo o suficiente para se tornar como todos os outros. E, como tudo o que não encaixa na definição dos outros de ‘normal’, provoca a curiosidade e malícia, eles decidiam de que cor pintar o seu passado, enquanto aproveitavam a hospitalidade do presente.
Palavras Soltas: Um destino de cada vez (inspiração de Paris)
Costumamos dizer que quando viajamos a mente expande… ou algo do género. Expormo-nos a realidades, culturas, espaços diferentes é uma experiência gratificante. Mais, quando deixamos em casa a máscara do turista e permitimo-nos apreciar de forma despoluída as coisas que nos rodeiam.
Num exercício de observação de pessoas, dos momentos e das vivências diárias daqueles que se cruzam connosco pelas ruas, trago sempre mais dum sítio onde vou do que se enchesse a máquina de fotografias, e os olhos de ex-libris turísticos (fazem parte! mas, às vezes, é preciso ver os sítios de outra forma).