Opinião: ‘Alice no País das Maravilhas’

Alice In Wonderland_Tim Burton

Observo a obra de Tim Burton, aquelas histórias que ele cunhou pessoalmente, e confesso que, de alguma forma, o coloco algures como um percursor de Edgar Alan Poe.

O macabro, o poético, o altamente visual, são características que me ocorrem quando penso nas histórias que conheço de Burton. O nojo e o deleite caminham lado a lado (como prova este pequeno livrinho) nas pequenas ou grandes histórias deste homem que é considerado um dos homens dos sete ofícios. read more

Opinião: ‘A morte melancólica do rapaz ostra & outras estórias’ de Tim Burton

Tim Burton

Estou a sofrer de uma paixão acesa por este livro. Nada mais, nada menos, do que isto. “A morte melancólica do rapaz ostra & outras estórias” de Tim Burton é uma obra tão ao jeito do seu criador. Burton está para o humor macabro como Stephen King está para o subtil, mas poderoso, horror.

A obra de Burton distingue-se de todas as outras pelos seus contornos tão especiais. Ele junta aquilo que nunca sonhámos ver junto… e há quem lhe chame revisitação da infância. Bolas! Foram crianças muito traumatizadas, não?! “Crianças desajustadas num mundo terrivelmente cruel” é um dos engodos para este livro e, concordo, são histórias de desajustes sérios. Histórias de impossíveis. Histórias de dores inocentes… e não tão inocentes assim. read more

Opinião: “Livro de Soror Saudade” (Obras Completas de Florbela Espanca)

livro de soror saudade

Recordo-me dos primeiros contactos com a poesia de Florbela Espanca. Tenho presente que senti uma dualidade estranha entre o que lia (e o que significava para mim) e aquilo que os outros (professores e colegas) diziam sobre os seus poemas.

Defeito ou feitio, sempre tive a acesa necessidade de fazer sentido daquilo que lia, de interpretar a poesia com base naquilo que me transmitia, dando atenção moderada às interpretações dos outros. Como não será de estranhar, isto nem sempre corria lá muito bem… particularmente na escola. Mas, sempre me esforcei por encontrar aquilo que mais me dizia, a mensagem que ressoava na minha consciência. read more

Operação Livros no (meu) sapatinho: As prendas deste Natal

Selo 1

Natal e Livros, Livros e Natal. Aqui em casa não há Natal sem livros. Pelo menos, para mim.

Este ano ofereci alguns às crianças (lá voltei a dar uma de tia chata 😀 ) e apenas um para um adulto. Gosto de oferecer livros e estes foram os possíveis. read more

Opinião: ‘Para Sempre’ de Susanna Tamaro

Dia #12_06 Agosto 2014

Acho que já disse aqui… e aqui… mas nunca é demais repetir. Adoro as histórias de Susanna Tamaro. E, usando uma das minhas frases feitas (e repetidas até à exaustão): quando for grande quero ser assim.

‘Para Sempre’ é a história de Matteo, de vidas sofridas, de auto-destruição, de voltar à vida após a tragédia se abater. É dor, amor, esperança e o que se transforma em nós quando a vida nos prega partidas. São as respostas que procuramos, as escolhas que fazemos, aquilo em que nos tornamos e o que deixamos morrer… apenas para continuar a existir. read more

Opinião ‘Na Sombra das Palavras’ da Editorial Divergência

Na Sombra das Palavras

‘Na Sombra das Palavras’ a primeira antologia de contos da Editorial Divergência. Uma estreia de peso no panorama nacional. Cinco contos que nos levam pelos meandros da fantasia e aos confins do fantástico.

Tocaram-me as ilusões que se constroem sobre a pele de ‘O Livreiro’, de Fábio Ventura, e o almejar à obra que se deseja perfeita. Diverti-me na especulação de mais um fim dos tempos em ‘A Lista de Deus’ de João Ventura. Identifiquei-me com a imaginativa exposição da natureza humana em ‘O Panóptico’ de David Camarinha. Gostei das possibilidades infinitas que a atenção à vida quotidiana nos proporciona em ‘O Labirinto de Papel’ de Ângelo Teodoro. Enfrentei a escolha entre o que se decide guardar e o que se prefere esquecer em ‘Tabula Rasa’ de Mário Coelho. read more

Opinião: ‘Siddhartha’ de Hermann Hesse

Siddhartha

“A tua alma é o mundo inteiro.” p.13

Adorei. Li-o quase de uma assentada. Cativou-me não apenas a mensagem, a busca pelo significado da vida, mas a facilidade com que Siddhartha abandona aquilo que já não o faz crescer em busca dum sentido maior na sua existência. O deixar tudo para trás, não uma, mas várias vezes ao longo da sua vida… e quem já passou por momentos desses sabe o quão difícil é contemplar um novo caminho quando pouco ou nada tem a que se agarrar. read more