Novembro foi mês de NaNoWriMo, pelo que não tive oportunidade de construir um Conto para o Desafio 12 Meses/12 Contos.
Assim, aproveitei um dos eventos especiais do blogue ‘Fantasy & Co.’, o projecto onde publico alguns dos meus textos do género fantástico, e vou considerar que este é o meu conto de Novembro.
“Às vezes, uma refeição é apenas uma refeição e partilhá-la não tem qualquer outro significado. Contudo, muitas vezes, não é apenas uma refeição (…) o acto de comer ou beber acompanhado significa comunhão (…)
Quando falamos em comunhão há que lembrar: repartir o pão, no mundo real, é um acto de partilha e de paz. Enquanto partem pão, não estão a partir cabeças. Habitualmente convidam amigos para jantar, a menos que estejam a tentar cair nas boas graças de inimigos ou chefes. Somos bastante peculiares ao escolhermos alguém com quem dividir o pão (…) O acto de ingerir comida, aceitá-la no nosso corpo, é tão pessoal que apenas desejamos fazê-lo com pessoas com quem nos sentimos confortáveis (…) Partilhar a nossa mesa com alguém é uma forma de dizer ‘Estou contigo, gosto de ti, juntos formamos uma comunidade.’ E isso é um acto de comunhão.
Este ano decidi fazer uma espécie de diário de bordo sobre o decorrer deste desafio. Usei o facebook para a actualização diária mas quero deixar aqui no blogue um resumo dos altos e baixos do NaNoWriMo deste ano.
Dia #1: 1.861 palavras. No primeiro dia escrevi um pouco acima do limite diário aconselhado. Estava um bocado enferrujada na narrativa de Romance, mas lá consegui ultrapassar essa dificuldade.
Hoje comemoro o primeiro aniversário de ‘Percepção’. Um ano de vida pública do meu primeiro livro.
Há um ano atrás reuni família e amigos num evento que marcou o início desta viagem que tem sido a publicação do meu primeiro livro.
Criado em 2007, este meu cantinho virtual tem sido a tela de muitas histórias, de inúmeros desafios e um vislumbre deste mundo.
Hoje, 22 de Novembro de 2012, publico o artigo #500. A responsabilidade inerente a este facto levou-me a ponderar em coisas como o objectivo deste espaço, a vivência diária deste projecto, as mudanças cíclicas que influenciam os conteúdos e, acima de tudo, a dedicação que envolve.
Este é um livro que pode ser lido por vários tipos de pessoas. Não só por aqueles que não conseguem evitar escrever mas, também, por os que apesar de não partilharem o bichinho da escrita partilham a vontade de fazer parte da vida de alguém que o tem. E, também, por todos os outros que se interessam por outras realidades que não a sua, e apreciam reflectir sobre a vida.
Este foi um livro que degustei. Li-o, capítulo a capítulo, um por dia, à beira da piscina, nas pausas para café, nos bocadinhos em que precisava de inspiração… Tirei notas, citações, apontei ideias, rabisquei-o na margem… E eu odeio rabiscar livros!
